A edição 2023 do Ranking de Competitividade dos Estados, criado há 12 anos mostra uma repetição do aumento da desigualdade dos seus territórios, com dois “grandes brasis”. Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste se mantêm no topo da lista, e os do Norte e Nordeste seguem abaixo. O estado de São Paulo figura na liderança enquanto o Rio de Janeiro aparece apenas na 11ª posição do ranking. Continua após a publicidade
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Além de mais atrasadas, as duas regiões são as mais afetadas pelo aumento da pobreza acentuado pela pandemia. Em cinco de suas unidades federativas,10% das famílias vivem abaixo da linha de pobreza. Em 2016, não havia nenhuma nessa condição. Do lado positivo, os Estados em geral avançaram em responsabilidade fiscal.
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A classificação no ranking considera pontos distribuídos entre 99 indicadores relacionados a infraestrutura, sustentabilidade social e ambiental, segurança pública, educação, solidez fiscal, eficiência da máquina pública, capital humano, potencial de mercado e inovação.
Embora haja avanços entre algumas unidades federativas do segundo grupo, como o Maranhão, que subiu cinco posições (da 26ª em 2022 para a 21ª), os 11 primeiros classificados continuam sendo os Estados mais ricos.
São Paulo continua isolado no topo desde o primeiro estudo e, neste ano, aumentou sua pontuação, ampliando a distância entre o segundo colocado, Santa Catarina, em 5,55 pontos. Em 2022, a diferença era de 3,95 pontos.
O Estado melhorou seu desempenho em cinco dos dez pilares, entre os quais solidez fiscal e sustentabilidade social, mas segue patinando no quesito segurança pública, o de maior peso na pontuação do estudo. O Estado se mantém na quarta colocação, atrás de Santa Catarina, Distrito Federal e até da Paraíba.
O ranking anual é feito pelo Centro de Liderança Pública (CLP) em parceria com a Tendências Consultoria e a startup Seall. Foi apresentado nesta quarta-feira (23-ago), em Brasília, durante o Congresso Brasileiro dos Servidores da Administração Pública (Consad). Continua após a publicidade
Segundo Tadeu Barros, diretor presidente do CLP, entre os objetivos do ranking estão o incentivo à competição positiva entre os Estados, servir de base para os gestores desenvolverem políticas públicas e para a população avaliar e cobrar prioridades de seus governantes. Dos 27 Estados, 24 utilizam o estudo como ferramenta de gestão e de tomada de decisões.
Outro dado preocupante é que 12 Estados têm menos de 50% das casas com acesso à rede de coleta de esgoto, sendo quatro com menos de 25%. Desse grupo, 11 são do Norte e do Nordeste, e um é do Centro-Oeste (Mato Grosso).
Bahia perde sete posições Continua após a publicidade
Dos nove Estados que caíram no ranking, o destaque é a Bahia, que aparece na 24ª posição, sete abaixo da verificada no ano passado. Segundo a pesquisa, a Bahia teve quedas expressivas nos quesitos de capital humano, eficiência da máquina pública, inovação e sustentabilidade ambiental.
Por outro lado, seis Estados (Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Maranhão, Pará e Tocantins) alcançaram suas melhores posições em 12 anos. No caso do Estado gaúcho, o desempenho é creditado às reformas iniciadas em 2017, cujos resultados começam a aparecer. Minas Gerais, por sua vez, melhorou sua capacidade de atração de investimentos, gerando empregos, renda e controle das contas públicas, afirma Cepede.
Com informações do jornal: O Estado de S. Paulo.
Ranking de Competitividade dos Estados:
1. São Paulo
2. Santa Catarina
3. Paraná
4. Distrito Federal
5. Rio Grande do Sul
6. Minas Gerais
7. Goiás
8. Mato Grosso
9. Mato Grosso do Sul
10. Espírito Santo
11. Rio de Janeiro
12. Ceará
13. Paraíba
14. Amazonas
15. Tocantins
16. Pernambuco
17. Alagoas
18. Rondônia
19. Sergipe
20. Pará
21. Maranhão
22. Piauí
23. Rio Grande do Norte
24. Bahia
25. Roraima
26. Amapá
27. Acre