A Prefeitura de São Paulo, firmou acordo com a ABB FIA para trazer a Fórmula E para a cidade em 2023. A corrida está prevista para ocorrer no Sambódromo dia 25 de março. O evento marcará o retorno da etapa à América Latina, o que não ocorria desde 2020, após oito anos de tratativas para chegar ao Brasil.
O contrato foi assinado em Mônaco, entre representantes da categoria, da Prefeitura de São Paulo, da SPTuris e da GL Eventos, empresa que administra o Anhembi. O prazo é de cinco anos, com cláusula de renovação por mais cinco, até 2032.
A única pendência é o aval do Conselho Mundial da FIA, praxe para qualquer novo circuito que pleiteia uma vaga no campeonato. A divulgação do calendário deve acontecer em junho.
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“Fiquei muito feliz. Já estou envolvido com a Fórmula E há dez anos e essa corrida já bateu duas vezes na trave. Para mim vai ser sensacional correr na frente do público brasileiro. Será muito importante também para a categoria, que ainda é pouco conhecida no Brasil“, disse o piloto brasileiro Lucas di Grassi, campeão da temporada 3 do Mundial de monopostos elétricos da FIA.
O piloto foi um dos responsáveis por desenhar o traçado, que terá cerca de 3,5 km e usará boa parte do circuito usado pela Fórmula Indy entre 2010 e 2013. A largada também será no Sambódromo e pavilhões do centro de convenções serão usados por equipes e imprensa.
A maior diferença é que os carros elétricos não pegarão a Marginal Tietê. Voltarão pela avenida Olavo Fontoura, margeando o aeroporto do Campo de Marte. Os novos carros, da geração 3, podem chegar a 310 km/h no fim da reta.
Sérgio Sette Câmara, o outro brasileiro na categoria, disse que foi surpreendido. “Não era algo que achei que fosse acontecer tão rápido”, afirmou o piloto da Dragon Penske. “Ter o evento no país faz total diferença, você planta uma semente e as pessoas passam a acompanhar mais. A gente já viu isso em outros lugares.“
O namoro entre Fórmula E e São Paulo é antigo. Desta vez, porém, há uma diferença em relação às outras negociações: a América do Sul não está mais representada no campeonato, e a categoria considera fundamental fincar bandeira no continente. A etapa de Santiago foi cancelada no ano passado e não apareceu no calendário da atual temporada.