Não percebemos, mas um simples semáforo pode fazer a diferença no dia a dia de muitas pessoas, isso é exatamente o que está acontecendo em Campinas. A cidade está passando por uma verdadeira revolução no seu sistema viário com a instalação e ampliação dos semáforos inteligentes, que irão melhorar o fluxo de veículos, e ainda salvar vidas.
A Emdec recentemente instalou 75 semáforos inteligentes em diversas vias estratégicas do município. Esses dispositivos têm a capacidade de se adaptar em tempo real ao volume de tráfego, alterando os tempos dos sinais de acordo com a necessidade de cada cruzamento. Com isso, motoristas e pedestres ganham em agilidade, segurança e previsibilidade. A expansão dos semáforos inteligentes tem sido um dos principais investimentos em mobilidade urbana da cidade nos últimos anos. Entre 2023 e 2025, o número desses equipamentos praticamente dobrou. Segundo a Emdec, os semáforos inteligentes estão instalados em regiões de alto fluxo, como os corredores das avenidas Amoreiras, John Boyd Dunlop e Lix da Cunha, além de cruzamentos críticos nas áreas central e leste da cidade. A escolha dos pontos se baseou em estudos técnicos que levaram em conta o número de acidentes, o tempo médio de espera nos sinais e a densidade de tráfego. Continua após a publicidade
Além disso, a central de monitoramento da Emdec tem acesso a todas essas informações em tempo real. Com isso, os operadores conseguem intervir rapidamente em casos de panes, congestionamentos ou acidentes, redirecionando o tempo dos sinais ou enviando agentes de trânsito para os pontos afetados. Essa estrutura faz parte de um projeto maior que visa modernizar a mobilidade urbana de Campinas, integrando o sistema semafórico ao controle de ônibus, monitoramento por câmeras e resposta a emergências. Entre os destaques da fase atual do projeto, estão: Continua após a publicidade
E é exatamente essa última novidade que vem chamando a atenção. A cidade iniciou testes com o chamado “livre semáforo” para ambulâncias”, uma funcionalidade inspirada em modelos usados em cidades como Curitiba e São Paulo. O sistema identifica, por meio de sensores e GPS, a aproximação de uma ambulância com sirene ligada e envia um comando à central, que libera o semáforo automaticamente para que o veículo de emergência passe sem interrupção. A expectativa é que, com essa tecnologia, o tempo de resposta do Samu e de ambulâncias particulares seja reduzido em até 40%, especialmente em cruzamentos movimentados onde, até então, era comum perder minutos preciosos. De acordo com a Emdec, o sistema foi testado inicialmente na região do Jardim Nova Europa e apresentou resultados promissores. A próxima fase é expandir os testes para áreas com tráfego mais intenso, como o entorno dos hospitais Ouro Verde, Mario Gatti e Vera Cruz. Outro avanço importante é a possibilidade de monitoramento estatístico do comportamento do trânsito. Com os novos dispositivos conectados, a Emdec passa a ter dados mais precisos sobre os horários de pico, tempo médio de permanência nos semáforos, rotas mais utilizadas e até mesmo incidência de infrações, como avanço de sinal vermelho. Essa base de dados permitirá, no médio prazo, planejar melhor as intervenções urbanas, priorizar ações educativas e reprogramar linhas de ônibus e. Com o sucesso das primeiras fases, o município já projeta uma nova leva de investimentos para 2025, com a meta de atingir 100 semáforos inteligentes em operação até o fim do ano, espalhados por corredores de transporte público, áreas escolares e zonas de comércio intenso. Para quem circula pela cidade, os reflexos já são visíveis: A iniciativa coloca Campinas entre as cidades mais avançadas do Brasil em mobilidade urbana inteligente.
O município também iniciou os testes de uma funcionalidade ainda mais ousada: a liberação automática dos semáforos para a passagem de ambulâncias, em situações de emergência. Essa nova tecnologia, que utiliza sensores e comunicação via GPS, promete acelerar o socorro às vítimas e evitar perdas de tempo em cruzamentos congestionados.
A lógica de funcionamento dos novos semáforos é diferente da tradicional. Ao invés de operarem com tempos fixos programados, eles usam sensores que captam o número de veículos em cada direção e ajustam a abertura ou fechamento do sinal conforme a demanda. Isso significa que, em horários de pico, a via mais carregada recebe mais tempo verde, enquanto nos momentos de menor fluxo, o semáforo “entende” que pode agilizar o tráfego de outras direções.