A partir desta semana, a cidade de Brasília será a primeira capital brasileira autorizada pela Anatel a ter a internet 5G “puro”. A agência que regula as telecomunicações no país aprovou o uso das faixas de frequências de 3,5 GHZ a mais disputada no leilão em 2021.
Segundo a Anatel, as redes “puras” precisam ter uma ERB (Estação Radiobase ou antena) para cada 100 mil habitantes. As próximas capitais a terem o 5G standalone liberado serão São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, João Pessoa, mas ainda sem definição de datas.
Como funcionam as faixas e o 5G “puro”?
O leilão foi dividido na oferta de lotes nacionais e regionais dentro de quatro faixas.
700 MHz: para distribuir o 5G e melhorar a cobertura do 4G;
2,3 GHz: igual o acima;
3,5 GHz: a mais concorrida por ser 5G “puro”, voltado para o consumidor final;
26 GHz: 5G “puro” para banda larga fixa
No caso de Brasília, a capital federal recebeu autorização para usar a 3,5 GHz, a mais disputada exatamente por oferecer internet de quinta geração para os usuários finais (smartphone).
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A faixa de frequência liberada é exclusiva. Por exemplo, o 5G não precisa depender das rede 4G já existentes para funcionar 100%, como acontece hoje com testes já iniciados no Brasil. Sendo assim, o 5G consegue ser mais rápido e ter menos latência (tempo de resposta).
Entenda como será a implantação do 5G
A faixa de 3,5 GHz é muito próxima à usada para o funcionamento das TVs via satélite (antenas parabólicas). Se nada for feito, interferências de sinal podem acontecer para os brasileiros que usam antenas parabólicas.
Uma pesquisa recente avaliou que cerca de 20 milhões de residências no país usam TV por parabólica. E o risco é de que o 5G possa atrapalhar esses sinais.
Após o leilão, ficou definido que as empresas vencedoras precisariam resolver essa questão. A solução estabelecida foi a migração e limpeza da banda C, responsável atualmente pela transmissão da TV via satélite para a banda Ku.
Cronograma previsto para implementação do 5G no Brasil
Cidades com mais de 500 mil habitantes: até julho de 2025
Cidades com mais de 200 mil habitantes: até julho de 2026
Cidades com mais de 100 mil habitantes: até julho de 2027
Cidades com mais de 30 mil habitantes: até julho de 2028