A Seleção Brasileira entra, em 2022, no ano da Copa do Mundo do Catar, com um misto de sentimentos entre os torcedores e a própria imprensa. A equipe comandada por Tite faz uma grande campanha nas Eliminatórias da América do Sul, com resultados, mas sem o desempenho que encanta, como é esperado, apesar da eficiência. Então, fica difícil saber o que esperar do time.
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Por isso, os questionamentos são se o Brasil chegará realmente forte na Copa do Mundo ou as Eliminatórias estão apenas iludindo. Já que as grandes forças do futebol mundial estão na Europa e, no continente sul-americano, a seleção tem apenas a Argentina como grande rival em potencial.
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Uma prova da superioridade da equipe comandada por Tite é que, mesmo jogando fora de casa na primeira partida do ano pelas Eliminatórias, o Brasil é favorito de acordo com as cotações da Betnacional apostas esportivas. Vale lembrar que a seleção equatoriana também deve ir para a Copa do Mundo, mas mesmo assim está há alguns patamares abaixo do Brasil.
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Já no Catar, no final do ano, o panorama será um pouco diferente. A seleção brasileira não larga com o favoritismo para levar o hexa. Países como França e Alemanha estão à frente graças ao histórico recente de desempenho e também às peças que têm à disposição, com times mais equilibrados e de grande qualidade.
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Enquanto o Brasil ainda tem uma grande dependência de Neymar. O craque brasileiro, inclusive, sofreu uma grave lesão no final de 2021 e aumentou as dúvidas sobre o seu rendimento na Copa do Mundo do Catar. O camisa 10 é inquestionável, mas a dúvida é como ele chegará na competição e o tamanho da necessidade da equipe de Tite em ter o jogador em campo.
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Esta, aliás, é a grande crítica dos torcedores e da imprensa com o treinador. A cobrança é pelo teste de alternativas na maneira de jogar e, sobretudo, sem Neymar. Fica difícil imaginar como a seleção brasileira vai se comportar caso não tenha em algum momento a sua principal estrela.
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As listas de convocados nas últimas partidas do Brasil, em 2021, aumentam as dúvidas. Faltam nomes de referência, apesar de alguns destaques na Europa. Mas nenhum é Neymar ou tem o peso de Neymar em seus clubes por mais que também sejam grandes jogadores.
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Mas ainda dá para destacar atletas que podem dividir um pouco da responsabilidade com Neymar. Os zagueiros Thiago Silva e Marquinhos são os de mais destaque. Ainda há nomes como Casemiro, Paquetá e Alisson.
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Diante deste contexto, o misto de sentimentos dos brasileiros é compreensível. Há uma confiança de que o time é bem treinado, mas a desconfiança de quem pode resolver na individualidade quando for necessário, além de Neymar também persiste.
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Vale lembrar que a Copa do Mundo é uma competição curta e de apenas um mês. Além disso, historicamente, o Mundial era realizado em junho. Mas, por conta do calor no Catar, em 2022, será no final do ano (21/nov a 18/dez). Um fator que pode influenciar visto que, devido ao calendário europeu, grande parte dos jogadores estarão na metade da temporada e não no final como aconteceu em outros anos.
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Com tudo isso, há pontos a favor da Seleção Brasileira. O próprio técnico Tite chegará na Copa mais experiente depois de ter participado em 2018. No entanto, também precisa abrir mão de algumas convicções para que o seu trabalho possa evoluir. Em campo, os jogadores, que já compreendem bem a parte tática do treinador, têm de mostrar o que apresentam em seus clubes.
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Em uma competição de ‘tiro-curto’ tudo pode acontecer. Assim, com uma boa base que o Brasil construiu de trabalho e qualidade, é possível acreditar no hexa. Mas ciente de que não é o favorito e será preciso desbancar grandes seleções europeias.
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Desde 2002, quando foi pentacampeã, a seleção brasileira não derrota uma equipe europeia na competição. Aliás, já são 20 anos desde o último título mundial. A partir de então, foram eliminações traumáticas para França (2006), Holanda (2010), Alemanha (2014) e Bélgica (2018).
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Portanto, serão necessários vários fatores para trazer o título para o Brasil. Alguns, a equipe de Tite já tem, outros precisa adquirir e ainda será preciso ter um pouco de sorte também no sorteio, no chaveamento e com os adversários. Que tudo esteja alinhado para o hexa!