O forte acidente envolvendo o piloto chinês Guanyu Zhou durante o GP de Silverstone na Inglaterra, assustou os torcedores da Fórmula 1 e a FIA. As imagens despertaram lembranças ruins e a urgência de que algo precisava ser feito. O Comitê Técnico da F1 anunciou medidas para aumentar a segurança dos carros, começando pela peça que fica sobre a cabeça dos pilotos e que não deveria desmanchar tão fácil.
Além disso, a FIA reforçou que seguirá em frente na decisão de limitar o “porpoising” (efeito golfinho) a partir do GP da Bélgica, no mês que vem. E avisou que um novo pacote de mudanças aerodinâmicas será implantado na próxima temporada. Será uma grande revisão das regras atuais, com o objetivo de resolver de vez as quicadas dos carros contra o asfalto.
Terceiro colocado na F2 no ano passado, primeiro chinês a correr na F1, Zhou vem fazendo uma boa temporada de estreia. Marcou ponto em sua primeira corrida e hoje é o 17º no Mundial.
O acidente
Guanyu foi tocado por George Russell na largada do GP da Inglaterra, em seguida o carro capotou e o santantônio não resistiu: desmontou de forma estranha, instantaneamente. O carro foi para a caixa de brita, capotou novamente, ficou preso entre a barreira de pneus e o alambrado de uma arquibancada. Zhou foi salvo pelo halo, outro acessório importante para a segurança dos pilotos.
Uma das possibilidades levantadas pelo comitê é banir o tipo de santantônio usado pela Alfa Romeo, em formato triangular. Hoje, a equipe é única a adotar esse modelo, de aerodinâmica mais eficiente, mas que talvez implique riscos de segurança. É isso que a FIA está analisando.