Amistosos da Seleção

A Seleção Brasileira entra em campo para seus dois últimos jogos de 2025, confrontos que encerram o calendário da equipe e servem como termômetro final antes da convocação oficial para a Copa do Mundo de 2026, marcada para março. Os jogos contra Senegal neste sábado, a partir das 13:00, e contra Tunísia na terça-feira (18), representam mais do que simples amistosos: são os últimos momentos para observações, ajustes e avaliações de jogadores que ainda disputam vaga na lista final.

Em meio à expectativa, o nome de Neymar volta ao centro do debate, já que o atacante vive uma fase marcada por sucessivas lesões, o que abre espaço para dúvidas reais sobre sua presença no Mundial do ano que vem.

Os amistosos chegam em um momento crucial para o comando técnico de Carlo Ancelotti, que busca consolidar uma base competitiva, equilibrada e com repertório tático. A temporada foi marcada por testes, rodízios e oportunidades para atletas jovens, especialmente no meio-campo e ataque. A ideia do corpo técnico é chegar à convocação de março com um cenário já definido para 80% do elenco.

Os jogos diante de Senegal e Tunísia serão fundamentais para este processo, oferecendo duas escolas diferentes de jogo e desafios que podem expor pontos fortes e fracos do Brasil.

No jogo contra Senegal, a expectativa é por uma partida física, intensa e com muita disputa no meio-campo. A seleção africana tem se consolidado como uma das mais fortes do continente nos últimos anos, com jogadores espalhados pelas principais ligas da Europa. Para o Brasil, este confronto servirá como parâmetro para medir a capacidade de adaptação da equipe diante de adversários que apostam na força, velocidade e transições rápidas. 

Já o jogo contra Tunísia, na terça-feira (18), deve apresentar um cenário um pouco diferente, mas igualmente estratégico. A equipe tunisiana costuma trazer linhas mais compactas, marcação bem organizada e forte disciplina tática. Com isso, será um jogo ideal para avaliar a criatividade do ataque brasileiro, especialmente no último terço do campo. Jogadores de construção, como meias e pontas, terão a missão de furar bloqueios e acelerar a criação das jogadas — aspecto que ainda gera discussões entre analistas e torcedores.

Outro ponto que torna estes amistosos especiais é a disputa acirrada por posições que seguem indefinidas. A palavra de ordem é regularidade, mas o desempenho nas partidas finais do ano pode sim pesar na hora da definição da lista para 2026.

No entanto, é impossível falar de preparação do Brasil sem mencionar o caso de Neymar, um dos maiores nomes da história recente da Seleção. O atacante enfrenta um período difícil, marcado por lesões recorrentes que o afastaram de parte importante dos jogos da equipe e também dos compromissos em seu clube.

Nos bastidores, a discussão é clara: há um risco real de o jogador não ser convocado para a Copa do Mundo de 2026. Isso não significa um afastamento definitivo, mas sim um alerta quanto à necessidade de recuperação total e regularidade física nos primeiros meses de 2026. A comissão técnica tem feito avaliações constantes e deixa claro que o fator determinante será o condicionamento do atleta — não sua história.

A possível ausência de Neymar abre espaço para uma mudança profunda na estrutura ofensiva do Brasil. A equipe precisou se adaptar ao longo de 2025, testando novas formações e oferecendo protagonismo a jogadores mais jovens, muitos deles já consolidados na Europa. O time passou a trabalhar com maior dinamismo nas pontas, maior mobilidade no setor de criação e maior pressão na saída de bola, apostando em uma geração que une velocidade, intensidade e técnica refinada.

Em 2025, a Seleção alternou grandes exibições com jogos mais contidos, buscando encontrar o equilíbrio entre agressividade ofensiva e solidez defensiva. Esses dois últimos compromissos serão observados com lupa pela comissão técnica, que tentará medir a maturidade do time, sua capacidade de manter intensidade durante os 90 minutos e sua evolução em aspectos como saída de bola, recomposição e finalização.